A Amazônia, o seu like e a responsabilidade de todos

Iniciativas privadas utilizam ferramentas digitais para compor – e influenciar – opinião pública e ativismo

A internet, conhecida por seu potencial conversacional, traduziu de certa forma o “power to the people”. Embora o acesso ainda não cubra todos os territórios e camadas possíveis, fica cada vez mais claro que o diálogo pode pegar fogo em meio a tantas questões políticas. Dentro deste cenário, é interessante destacar quando iniciativas privadas utilizam ferramentas digitais para compor – e influenciar – opinião pública e ativismo.

A discussão sobre a Amazônia tem provocado essa onda. Alguns setores se sentem responsáveis pela argumentação e outros simplesmente fazem a escolha de posicionamento de marca. Mais do que se colocar, essas marcas têm optado por instrumentalizar a população para algum tipo de ação.

A Natura utilizou os seus perfis em redes sociais para mobilizar o público. O vídeo da campanha já tem mais de 500 mil views:

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Natura oficial (@naturabroficial) em

E a nota enviada ao site Exame endossa a posição da empresa:

“Nossa atuação na região contribui para a conservação de 1,8 milhão de hectares, equivalente à metade da Holanda. Não é o suficiente. Temos que trabalhar juntos com as pessoas e os povos que vivem nela, com empresas, com a sociedade civil e com os governos, para garantir a conservação e o futuro da Amazônia. Um futuro que concilie proteção ambiental e desenvolvimento econômico, como a Natura tem demonstrado ser possível. É claro que dá para produzir sem desmatar. Mas é preciso ir além e buscar também a regeneração de áreas degradadas.

Precisamos, juntos, superar este momento. Para alcançarmos o desenvolvimento sustentável e uma sociedade mais equilibrada, cidadãos e empresas devem ser ouvidos em um diálogo construtivo com o poder público. A participação de diversas vozes, inclusive e sobretudo as dissonantes, são fundamentais para decisões mais acertadas em temas tão sensíveis para todos. Afinal, não existe floresta em pé se a gente ficar sentado.”

Outra iniciativa privada sobre o mesmo assunto é o Code of Science. A agência AKQA, em parceria com ONGs, lançou uma software de código aberto que permite o rastreamento de veículos pesados em áreas protegidas. A ideia é que estes veículos sejam notificados quando estiverem em áreas de desmatamento.

No post do B9, Hugo Veiga, diretor executivo de criação da AQKA, explicita: “O Código de Consciência agora convida os fabricantes de veículos pesados ​​a se tornarem parte da solução para esses problemas globais críticos. E é claramente economicamente viável; embora possa deter alguns operadores que desejam violar as leis ambientais, atrairá um número crescente de organizações responsáveis ​​que reconhecem o valor estratégico no apoio à floresta tropical em meio a um mundo cada vez mais consciente do meio ambiente”.

Por fim, volto à ilustração inicial do post (publicada por Os Gêmeos). A arte sempre percorreu o objetivo de puxar pautas e conversas e dessa vez não está sendo diferente. @osgemeos se manifestaram, assim como inúmeros outros artistas, colocando sua opinião em diversas linguagens. Definitivamente, chegamos ao ponto inicial de toda rede social que, costumeiramente, te pergunta: “o que você está fazendo?”.

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