Tecnologia está sendo usada por alguns estados para avaliar adesão ao isolamento social. Entenda o funcionamento desse sistema
Uma corridinha na rua, um passeio com o cachorro ou uma ida ao mercado. Se você mora em São Paulo e se deslocou mais de 200 metros em uma atividade como essa nos últimos dias, colaborou com a queda no índice de isolamento social do Estado, medido pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (SMI). Mas afinal, como funciona esse sistema?
As empresas de telecomunicações medem a concentração e a movimentação das pessoas monitorando as conexões dos aparelhos às suas antenas retransmissoras. O sistema inicia definindo onde a pessoa mora – baseado na geolocalização do aparelho entre as 22h e as 2h. Se o individuo se desloca 200 metros a partir daquele ponto, seu aparelho se conecta a outra antena e assim é possível identificar a quebra do isolamento.
Mas, calma! Você não está sendo vigiado individualmente
O sistema utiliza monitoramento por dados de localização agregados a anonimalizados, que não identificam nenhum indivíduo. Com os dados coletados são criados mapas de calor que mostram regiões com grandes concentrações e deslocamento.
Empresas de tecnologia entram na briga (juntas!)
O Google e o Facebook já haviam publicado mapas e relatórios estatísticos, igualmente baseados em localização dos celulares, também sem identificar o usuário. Desde o dia 14 de abril, está no ar uma nova aplicação da Apple, baseada no Apple Maps, que servirá apenas para que governos consigam medir o aumento ou diminuição de deslocamentos (a pé, de carro ou por transporte público) – sem qualquer acesso ao ID do usuário, garante a empresa.
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