É o que afirma Jorge Tarquini, professor de Jornalismo da ESPM e curador do #TMJ. Conversamos com o especialista para entender quais seriam os prejuízos de uma imprensa “on demand“
Em tempos de streaming e conteúdo on demand, passamos a consumir apenas aquilo que realmente nos interessa. Diz aí qual foi a última vez que você ouviu um álbum completo de um artista, se gosta apenas de uma ou outra música dele, ou quando acompanhou horas de programação de um canal de TV? Até aí, tudo bem. Mas e quando o gosto pessoal interfere também nas notícias que você ouve, assiste ou lê, existe algum prejuízo?
É o que perguntamos a Jorge Tarquini, professor de Jornalismo da ESPM e curador do #TMJ. “Posso ter minha preferência, minha visão de mundo, mas tenho que conhecer tudo para ter pensamento crítico, não existe pensamento crítico baseado em uma única fonte”, afirma o especialista.
Tarquini explica que a função do jornalismo não é alimentar bolhas. Mas sim, tentar se aproximar o máximo possível da verdade com apurações “imparciais, de interesse público e que deem direito ao contraditório”. “Se eu só te dou aquilo que você quer, do jeito que você pensa, estou impedido de mostrar os problemas de um partido político, governo ou empresa”.
E qual o risco de uma imprensa alinhada a interesses pessoais de determinado grupo ou ala ideológica? “Se os veículos entrarem nessa, o risco é o fim da democracia. Você vai ter as milícias de A, B e C que vão se digladiar nas ruas e guerrear no campo das informações. Hoje o jornalismo bem feito é uma apara disso, te protege desse bombardeiro”.
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