Música eletrônica, câmeras desligadas, risadas e penetras fofinhos. Editor do #TMJ te conta como foi participar de uma festa digital
Sexta-feira, 29 de maio, 15h. Falta pouco para sextar. Mas um lembrete no e-mail me alerta sobre a última tarefa do dia: acompanhar uma palestra da ESPM. Acesso o link do evento e vou parar em uma sala com três ou quatro participantes. “Já está rolando”, diz um deles. Em seguida, recebo um convite para ir para outra sala chamada “Festa”. “Mas não era uma palestra?”, pergunto a mim mesmo. Só que depois de dois meses de isolamento social, com saídas apenas para ir ao supermercado, uma festinha não cairia nada mal, mesmo digital.
Aceito o convite e sou levado para outro ambiente onde começo a ouvir uma batida “Tuntz, tuntz, tuntz”. “Caramba! É uma festa de verdade”, penso ao ver uma DJ tocando e outras 25 pessoas conectadas. Alguns dos participantes estão com a câmera desligada, mas outras não só mostram o rosto, mas também estão superproduzidos. Tem gente de máscara, óculos escuros e até dançando com piscas natalinos.
Enquanto a DJ Camila Vargas toca, mais gente vai chegando e os convidados que já estavam na sala vão se animando e ganhando coragem para ligar as câmeras. Quando percebo, 57 pessoas já estão no evento, isso sem contar alguns “penetras” fofinhos: cachorros, gatos e crianças curiosas que se aproximam dos computadores para ver o que está rolando.
Uma regra importante: para não atrapalhar a música, os convidados precisam deixar seus microfones desligados. A troca de ideias está liberada no chat da plataforma. Mas um dos participantes esqueceu o microfone ligado: “Vamos comprar um cobertorzinho”, diz para alguém de sua casa provocando risos entre os convidados. O som de outro microfone entrega que um dos convidados está com um olho na festa e o outro na Sessão da Tarde.
“Mas festa sem bebida não rola” você pode estar pensando. E quem disse que não tinha bebida? Alguns participantes estavam com canecas (de cerveja ou café, não sei) e até com um chimarrão.
Resumo da experiência
Tirando uma falha ou outra na música por causa da conexão e a falta de contato com os convidados, a experiência da festa online foi bastante divertida. Ao longo de 30 minutos com muita música eletrônica e risadas, deu até para esquecer que estamos em meio a uma pandemia, algo raro nestes mais de dois meses de isolamento.
É bom lembrar que enquanto não tivermos imunidade ao covid-19, teremos que nos acostumar ao “novo normal”, que nem sabemos como será, mas pode incluir happy hours, shows e festas online. Uma experiência que poderá transformar a indústria de eventos no futuro.
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