Eis a resposta que um garoto de 7 anos deu à sua professora quando perguntado o que estava sentindo
Entre os que entram em negação ou simplesmente não acreditam na doença, e lotam as ruas, e os que estão dentro de casa tentando não enlouquecer, há um ponto de equilíbrio: a sinceridade de uma criança de 7 anos.
O Gustavo que fez esse desenho foi solicitado por sua professora, numa das aulas ao vivo por uma plataforma de videoconferência, a expressar o que estava sentindo.
Por que ele é um ponto de equilíbrio? Porque, entre a euforia do “tudo bem” e o pânico do “não boto o nariz para fora de casa”, temos todos de ser sinceros com quem mais importa: nós mesmos.
Como fazer isso?
Simples: sendo honesto sobre o que sente.
Qual o problema em um professor, um gerente, um diretor, um estagiário, um motorista de ônibus, um dono de empresa – ou alguém que perdeu seu emprego – simplesmente se juntar aos outros mais de 9 bilhões de humanos para ser apenas… humano?
O mesmo vale para mães, pais, irmãos, tios, avós… Por que um papel nos impede de simplesmente admitirmos: estou triste?
E o mesmo vale para governantes: quando Boris Johnson se viu humanamente reduzido ao papel de paciente de Covid-19, talvez tenha entendido que sua vida esteve nas mãos de “estrangeiros”. Ou que, numa UTI, o poder nada podia fazer por ele…
Sei que parece e soa (e é) piegas: mas a humana condição em que nos encontramos (e nos igualamos), de verdade, não permite praticarmos a empáfia, a soberba e um certo ar blasé – e nem para achar que sofremos mais ou menos que outros ou que merecemos mais ou menos do que os outros.
Não importa se somos privilegiados, como o Gustavo do desenho, com suas aulas ao vivo em sua casa, ou se somos desvalidos, como desempregados ou quem espera seus R$ 600.
Tudo isso importa, claro.
No fim do dia, porém, ajuda muito poder dizer como nos sentimos.
Como o Gustavo.
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