Você liga para sua privacidade?

A recente febre de avatares no Facebook e a entrada em vigor da nova Lei Geral de Proteção de Dados reacende o debate

 

Quem não gostaria de saber como será quando tiver mais de 80 anos? Ou como se pareceria se trocasse de gênero? Ou clica no “aceito” sem nem pensar para acessar uma informação? Todo dia, um monte de “iscas” são criadas pelas empresas de tecnologia e lançadas no oceano das redes sociais para fisgar peixes aos milhões – incluindo você. Você precisa fazer uma pergunta longa (mas simples) a si mesmo: essas bobagens valem eu escancarar por livre e espontânea vontade os meus dados a uma empresa que eu nem sei direito qual é – para que ela possa me vender como parte de um gigantesco sistema de informação que poderá, a partir daí, saber mais sobre você do que você mesmo e tentar convencer você a comprar, votar, escolher? 

 

Talvez você já tenha ouvido que “se é grátis, o produto é você”. Pois lamento informar: é isso mesmo… “Ah, mas eles ganham com a publicidade”… Sim, mas a publicidade não está lá por acaso. Está lá porque tudo o que você disser perto de seu smartphone, tudo o que você buscar na internet, tudo o que você pensar se torna informação “vendável” para que a “publicidade” (que, na verdade, é um espelho de tudo o que você é, pensa, deseja e faz) chegue até você de forma muito individualizada.

 

Se você não vê problema em ter sua vida devassada dessa forma – ou de ter seus dados pessoais e perfil de consumo, lazer etc. vendidos como se fossem a sua alma sendo vendida para alguém que não vai pagar a você para possuí-la –, este texto não é para você. Do contrário, que tal começar a pensar duas (ou três, quatro ou cinco vezes) antes de embarcar em “brincadeiras inocentes” que, no fim das contas, você esquece em um ou dois dias – mas que terão você para o resto da sua vida?

 

Alarmista? Talvez. Mas não deixa de ser realista.

 

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